sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

justiça corrupta?

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A Justiça portuguesa é traiçoeira

Ordem dos Advogados Organizacao Criminosa Portuguesa

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.445527882178054.109978.403903203007189&type=3

A justiça portuguesa está de parabéns!

*A justiça portuguesa está de parabéns! ·...
Rota Dos Saberes28 de Dezembro de 2012 12:01
*A justiça portuguesa está de parabéns! 

· Desde a morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia…

· Ao desaparecimento de Madeleine McCann

· Ao caso Casa Pia

· Ao caso Portucale

· E Operação Furacão

· Da compra dos submarinos

· Às escutas ao primeiro-ministro

· Do caso da Universidade Independente

· Ao caso da Universidade Moderna

· Do Futebol Clube do Porto (Pinto da Costa), fruta, árbitros, etc.,…

· À corrupção dos autarcas.

· De Fátima Felgueiras.

· A Isaltino Morais.

· Da Braga parques.

· Ao grande empresário Bibi.

· Das queixas tardias de Catalina Pestana.

· Às de João Cravinho.

. Do processo Costa Freire / Zeze Beleza, quem não se lembra?

· Do miúdo electrocutado no semáforo.

· Do outro afogado num parque aquático.

· Das crianças assassinadas na Madeira.

· Do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico.

· Do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal.

· A miúda desaparecida em Figueira.

· Todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?

· As famosas fotografias de Teresa Costa Macedo. Aquelas em que ela reconheceu imensa gente 'importante', jogadores de futebol, milionários, políticos.

· Os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran

· Os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal.

· O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.

· E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência.

. E Oliveira e Costa, Duarte Lima, Dias Loureiro, João Rendeiro, BPN etc.

Pois é... a justiça portuguesa está de parabéns! Depois de anos e anos a batalhar eis que surgem os primeiros resultados.

Prenderam um jovem de 17 anos que fez um download de música... grande malandro!!!!

VIVA!!!!

Primeiro português condenado à prisão por pirataria musical na Internet!
O individuo poderá passar entre 60 a 90 dias atrás das grades por ter feito o download e partilhado música ilegalmente com outros utilizadores!

Agora sim, sinto-me mais seguro!

Passem este e-mail aos Vossos amigos, pode ser que bata em porta certa.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

SEM JUSTIÇA UM PAÍS NÃO FUNCIONAA segurança e os direitos fundamentais dos cidadãos são postos em causa


Paulo Wolf Sem Justiça um País não funciona a vários níveis. Sem Justiça, as empresas não investem em Portugal. A Corrupção aumenta e vai destruindo a sociedade de qualquer País. As Economias paralelas avançam. A segurança e os direitos fundamentais dos cidadãos são postos em causa. Os níveis de Civismo baixam, a anarquia e a revolta aumentam. Enfim! Muito haveria a dizer.

Uma Sociedade sem Justiça não se desenvolve em todas as frentes. Sem Justiça célere e bem aplicada, os "Exemplos exemplares" nunca serão uma realidade e não existirão referências fundamentais no que diz respeito às garantias de Princípios, de Valores e Direitos para uma vida mais digna e mais justa.
 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

BRASIL.......12 ANOS À ESPERA DE JUSTIÇA

Sandra Domingues19 de Dezembro de 2012 19:14
12 ANOS À ESPERA DE JUSTIÇA 

Fernanda Venâncio Ramos, 17 anos, filha da amiga de luta Sonia Ramos foi a segunda vítima do Serial Killer que sequestrou 5 estudantes em Teresópolis. As vítimas eram sequestradas da porta do Colégio Edmundo Bitencourt na troca de turno entre 12 e 13 horas, sempre as 4ª feiras, mantidas em cárcere privado, estupradas, estranguladas com seus próprios cadarços e seus corpos deixados entre objetos de magia, seguindo o ritual dos 5 elementos (Madeira, Terra, Fogo, Água e Metal) em um pentagrama invertido.
Duas das Vítimas sobreviveram e reconheceram em Juízo o agressor. Ele foi preso, mas liberado pela Justiça para aguardar julgamento, o que esperamos há 10 anos. D (14) e S(19) sobreviveram; porém, Iara(14), Fernanda Venâncio Ramos (17), Claudia (15) foram mortas de forma brutal e encontradas mortas ainda de uniforme.

Depois de esperarem por 10 anos, o julgamento que estava marcado para 13/10/2010, foi mais uma vez adiado.

As famílias, vítimas do acusado pelos crimes pediram para falar com a promotora criminal, mas ela se recusou a atendê-los, alegando não ter nada para falar com eles.

Enquanto isso as famílias aguardam há mais de 1 década por Justiça! 

Vejam a entrevista feita pelo jornalista Fabio Barretto do Brasil Urgente em 2010.

http://youtu.be/nv_p_rCq0mU 

Por Sandra Domingues 
19/12/2012
 
 http://www.youtube.com/watch?v=nv_p_rCq0mU&feature=youtu.be

justiça de caracol

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Marcelo Caso Medina Carreira "foi um momento muito infeliz da Justiça"

http://www.noticiasaominuto.com/politica/27269/caso-medina-carreira-foi-um-momento-muito-infeliz-da-justi%C3%A7a#.UMYwuoPtQYk
Caso Medina Carreira foi um momento muito infeliz da Justiça
 
Marcelo Caso Medina Carreira "foi um momento muito infeliz da Justiça"
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou na noite de domingo, no seu espaço de comentário semanal na TVI, que a ligação do nome de Medina Carreira, antigo Ministro das Finanças, à investigação Monte branco “foi um momento muito infeliz da Justiça portuguesa”.
 
O comentador diz que nunca acreditou no envolvimento de Medina Carreira no caso de fraude fiscal e branqueamento de capitais, mas esperou “para ver o que se passava”. “Foi um momento muito infeliz da Justiça portuguesa”, considerou o conselheiro de Estado, acrescentando que o nome de uma pessoa foi “enxovalhado na praça pública”. O antigo líder do PSD lamentou que não tenha havido um pedido de desculpas. “Há um comunicado a pedir desculpa? Uma comunicação formal da Procuradoria-Geral ou do juiz Carlos Alexandre?”, sublinhou Marcelo.
 
Sobre a venda da Tap, que pode representar um encaixe de apenas 20 milhões ao Estado, o analista teme que seja “um mau negócio deste Governo e deste Estado”. O valor aparentemente baixo é justificado pelo facto de o empresário Germán Efromovich ter de assumir o passivo da empresa e a sua recapitalização.

Questionado sobre a comparação de Portugal com a Grécia, tema que marcou a semana, Marcelo culpa o ministro das Finanças Vítor Gaspar pela confusão de que o País poderia vir a beneficiar das condições semelhantes às dos gregos. “Gaspar, infelizmente, deixou cair a ideia de que era uma vitória para Portugal e que íamos beneficiar do mesmo”, disse o conselheiro de Estado, referindo-se às novas condições do empréstimo da Grécia. Marcelo acrescentou ainda que Passos tentou aligeirar as declarações do ministro das Finanças, mas “já estava criada a ilusão”.


 Outro dos possíveis negócios do Estado que o comentador analisou foi a privatização da RTP. Para Marcelo, “Quanto mais depressa for decidido melhor”. A alienação parcial de 49% “é uma solução embaratece a venda”. No entanto, o antigo líder dos sociais-democratas também lembrou que, a ser concretizado assim o negócio, o Estado mantém o controlo da empresa.

António Marinho e Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados, mais uma vez aponta o dedo à injustiça que se faz sentir no mundo da Justiça.











«[...] O primeiro-ministro, se ainda possui alguma réstia de dignidade e de moralidade
- tem de explicar por que é que os magistrados continuam a não pagar impostos sobre uma parte significativa das suas retribuições; 
- tem de explicar por que é que recebem mais de sete mil euros por ano como subsídio de habitação; 
- tem de explicar por que é que essa remuneração está isenta de tributação, sobretudo quando o Governo aumenta asfixiantemente os impostos sobre o trabalho e se propõe cortar mais de mil milhões de euros nos apoios sociais, nomeadamente no subsídio de desemprego, no rendimento social de inserção, nos cheques-dentista para crianças e — pasme-se — no complemento solidário para idosos, ou seja, para aquelas pessoas que já não podem deslocar-se, alimentar-se nem fazer a sua higiene pessoal.

O primeiro-ministro terá também de explicar ao país por que é que os juízes e os procuradores do STJ, do STA, do Tribunal Constitucional e do Tribunal de Contas, além de todas aquelas regalias, ainda têm o privilégio de receber ajudas de custas (de montante igual ao recebido pelos membros do Governo)por cada dia em que vão aos respectivos tribunais, ou seja, aos seus locais de trabalho.
Se o não fizer, ficaremos todos, legitimamente, a suspeitar que o primeiro-ministro só mantém esses privilégios com o fito de, com eles, tentar comprar indulgências judiciais.»
"A vida corre atrás de nós para nos roubar aquilo que em cada dia temos menos."

ARTIGO COMPLETO: http://apodrecetuga.blogspot.com/2012/12/aos-ricos-privilegios-aos-pobres.html#ixzz2Ee5GXYt0







































domingo, 9 de dezembro de 2012

http://www.facebook.com/groups/274010786021802/permalink/380304252059121/

Contagem regressiva para início do julgamento da "Família Monstro"

Na próxima segunda-feira (10/12), o Fórum Paulo André Dias da Silva, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, será palco do julgamento.

Jennifer Marion Nadja Kloker, 22 anos, foi morta, em 16 de fevereiro de 2010 no Recife, por causa de um seguro no valor de R$ 1,5 milhão. Os acusados de serem os mandantes do crime são o marido, sogro e sogra da jovem.

O Júri Popular, do caso Jennifer Kloker, que aconteceria nos dias 27 e 28 de julho, novamente não aconteceu, já havia sido suspenso em 24/05/2011 pelo juiz Djaci Salustiano por volta das 10h30 da manhã.

O julgamento está previsto para acontecer no dia 10/12/2012 no Fórum Paulo André Dias da Silva, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife.

Os cinco acusados pela morte da turista alemã Jennifer Kloker irão sentar no bancos dos réus; Delma Freire, Pablo e Ferdinando Tonelli, Alexsandro dos Santos e Dinarte Dantas. Todos foram denunciados pelo Ministério Público como responsáveis pelo assassinato da estrangeira que foi motivado por questões financeiras. A cobiça em um seguro de vida milionário em nome da vítima. 

Por Sandra Domingues, com informações do Diário de Pernambuco e Pe360 graus. 

08/12/2012
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O Bastonário da Ordem foi um dos convidados do programa apresentado por José Gomes Ferreira. A fraud...

http://www.youtube.com/watch?v=vWRuq79JJ_s&feature=share

"Eu amei a justiça e odiei a iniquidade: por isso, morro no exílio.” (recebido por mail)

Eu amei a justiça e odiei a iniquidade: por isso, morro no exílio.”

Carta que Eugénio Lisboa escreveu a Passos Coelho. O signatário tem hoje 82 anos e, para além de todas as funções que desempenhou e enuncia no final, foi um ensaísta e crítico literário notável. Peço a vossa atenção, porque fala em nome de todos nós. Trata-se de uma reflexão sobre a saúde da nossa pátria e penso que ninguém, de nenhum quadrante, poderá ficar-lhe indiferente.

CARTA AO PRIMEIRO-MINISTRO DE PORTUGAL

Exmo. Senhor Primeiro Ministro

Hesitei muito em dirigir-lhe estas palavras, que mais não dão do que uma pálida ideia da onda de indignação que varre o país, de norte a sul, e de leste a oeste. Além do mais, não é meu costume nem vocação escrever coisas de cariz político, mais me inclinando para o pelouro cultural. Mas há momentos em que, mesmo que não vamos nós ao encontro da política, vem ela, irresistivelmente, ao nosso encontro. E, então, não há que fugir-lhe.

Para ser inteiramente franco, escrevo-lhe, não tanto por acreditar que vá ter em V. Exa. qualquer efeito – todo o vosso comportamento, neste primeiro ano de governo, traindo, inescrupulosamente, todas as promessas feitas em campanha eleitoral, não convida à esperança numa reviravolta! – mas, antes, para ficar de bem com a minha consciência. Tenho 82 anos e pouco me restará de vida, o que significa que, a mim, já pouco mal poderá infligir V. Exa. e o algum que me inflija será sempre de curta duração. É aquilo a que costumo chamar “as vantagens do túmulo” ou, se preferir, a coragem que dá a proximidade do túmulo. Tanto o que me dê como o que me tire será sempre de curta duração. Não será, pois, de mim que falo, mesmo quando use, na frase, o “odioso eu”, a que aludia Pascal.

Mas tenho, como disse, 82 anos, e, portanto, uma alongada e bem vivida experiência da velhice – da minha e da dos meus amigos e familiares. A velhice é um pouco – ou é muito – a experiência de uma contínua e ininterrupta perda de poderes. “Desistir é a derradeira tragédia”, disse um escritor pouco conhecido. Desistir é aquilo que vão fazendo, sem cessar, os que envelhecem. Desistir, palavra horrível. Estamos no verão, no momento em que escrevo isto, e acorrem-me as palavras tremendas de um grande poeta inglês do século XX (Eliot): “Um velho, num mês de secura”... A velhice, encarquilhando-se, no meio da desolação e da secura. É para isto que servem os poetas: para encontrarem, em poucas palavras, a medalha eficaz e definitiva para uma situação, uma visão, uma emoção ou uma ideia.

A velhice, Senhor Primeiro Ministro, é, com as dores que arrasta – as físicas, as emotivas e as morais – um período bem difícil de atravessar. Já alguém a definiu como o departamento dos doentes externos do Purgatório. E uma grande contista da Nova Zelândia, que dava pelo nome de Katherine Mansfield, com a afinada sensibilidade e sabedoria da vida, de que V. Exa. e o seu governo parecem ter défice, observou, num dos contos singulares do seu belíssimo livro intitulado The Garden Party: “O velho Sr. Neave achava-se demasiado velho para a primavera.” Ser velho é também isto: acharmos que a primavera já não é para nós, que não temos direito a ela, que estamos a mais, dentro dela... Já foi nossa, já, de certo modo, nos definiu. Hoje, não. Hoje, sentimos que já não interessamos, que, até, incomodamos.

Todo o discurso político de V. Exas., os do governo, todas as vossas decisões apontam na mesma direcção: mandar-nos para o cimo da montanha, embrulhados em metade de uma velha manta, à espera de que o urso lendário (ou o frio) venha tomar conta de nós. Cortam-nos tudo, o conforto, o direito de nos sentirmos, não digo amados (seria muito), mas, de algum modo, utilizáveis: sempre temos umas pitadas de sabedoria caseira a propiciar aos mais estouvados e impulsivos da nova casta que nos assola. Mas não. Pessoas, como eu, estiveram, até depois dos 65 anos, sem gastar um tostão ao Estado, com a sua saúde ou com a falta dela. Sempre, no entanto, descontando uma fatia pesada do seu salário, para uma ADSE, que talvez nos fosse útil, num período de necessidade, que se foi desejando longínquo. Chegado, já sobre o tarde, o momento de alguma necessidade, tudo nos é retirado, sem uma atenção, pequena que fosse, ao contrato anteriormente firmado. É quando mais necessitamos, para lutar contra a doença, contra a dor e contra o isolamento gradativamente crescente, que nos constituímos em alvo favorito do tiroteio fiscal: subsídios (que não passavam de uma forma de disfarçar a incompetência salarial), comparticipações nos custos da saúde, actualizações salariais – tudo pela borda fora. Incluindo, também, esse papel embaraçoso que é a Constituição, particularmente odiada por estes novos fundibulários. O que é preciso é salvar os ricos, os bancos, que andaram a brincar à Dona Branca com o nosso dinheiro e as empresas de tubarões, que enriquecem sem arriscar um cabelo, em simbiose sinistra com um Estado que dá o que não é dele e paga o que diz não ter, para que eles enriqueçam mais, passando a fruir o que também não é deles, porque até é nosso.

Já alguém, aludindo à mesma falta de sensibilidade de que V. Exa. Dá provas, em relação à velhice e aos seus poderes decrescentes e mal apoiados, sugeriu, com humor ferino, que se atirassem os velhos e os reformados para asilos desguarnecidos , situados, de preferência, em andares altos de prédios muito altos: de um 14º andar, explicava, a desolação que se comtempla até passa por paisagem. V. Exa. e os do seu  governo exibem uma sensibilidade muito, mas mesmo muito, neste gosto. V. Exas. transformam a velhice num crime punível pela medida grande. As políticas radicais de V. Exa, e do seu robôtico Ministro das Finanças - sim, porque a Troika informou que as políticas são vossas e não deles... – têm levado a isto: a uma total anestesia das antenas sociais ou simplesmente humanas, que caracterizam aqueles grandes políticos e estadistas que a História não confina a míseras notas de pé de página.

Falei da velhice porque é o pelouro que, de momento, tenho mais à mão. Mas o sofrimento devastador, que o fundamentalismo ideológico de V.Exa. está desencadear pelo país fora, afecta muito mais do que a fatia dos velhos e reformados. Jovens sem emprego e sem futuro à vista, homens e mulheres de todas as idades e de todos os caminhos da vida – tudo é queimado no altar ideológico onde arde a chama de um dogma cego à fria realidade dos factos e dos resultados. Dizia Joan Ruddock não acreditar que radicalismo e bom senso fossem incompatíveis. V. Exa. e o seu governo provam que o são: não há forma de conviverem pacificamente. Nisto, estou muito de acordo com a sensatez do antigo ministro conservador inglês, Francis Pym, que teve a ousadia de avisar a Primeira Ministra Margaret Thatcher (uma expoente do extremismo neoliberal), nestes termos: “Extremismo e conservantismo são termos contraditórios”. Pym pagou, é claro, a factura: se a memória me não engana, foi o primeiro membro do primeiro governo de Thatcher a ser despedido, sem apelo nem agravo. A “conservadora” Margaret Thatcher – como o “conservador” Passos Coelho – quis misturar água com azeite, isto é, conservantismo e extremismo. Claro que não dá.

Alguém observava que os americanos ficavam muito admirados quando se sabiam odiados. É possível que, no governo e no partido a que V. Exa. preside, a maior parte dos seus constituintes não se aperceba bem (ou, apercebendo-se, não compreenda), de que lavra, no país, um grande incêndio de ressentimento e ódio. Darei a V. Exa. – e com isto termino – uma pista para um bom entendimento do que se está a passar. Atribuíram-se ao Papa Gregório VII estas palavras: ”Eu amei a justiça e odiei a iniquidade: por isso, morro no exílio.” Uma grande parte da portuguesa, hoje, sente-se exilada no seu próprio país, pelo delito de pedir mais justiça e mais equidade. Tanto uma como outra se fazem, cada dia, mais invisíveis. Há nisto, é claro, um perigo.

De V. Exa., atentamente,

Eugénio Lisboa

Ex-Director da Total, em Moçambique

Ex-Director da SONAP MOC

Ex-Administrador da SONAPMOC e da SONAREP

Ex-Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal em Londres

Prof. Catedrático Especial de Estudos Portugueses (Univ. Nottingham)

Ex-Presidente da Comissão Nacional da UNESCO

Prof. Catedrático Visitante da Univ. de Aveiro

Doutor Honoris Causa pela Univ. de Nottingham

Doutor Honoris Causa pela Universidade de Aveiro

Medalha de Mérito Cultural (Câmara de Cascais)